Mais de cinco mil idosos deram entrada no Huse por queda este ano  

vítimas de queda

No dia 1º de outubro se comemora o Dia Nacional e Internacional do Idoso, o objetivo dessa data é incentivar a conscientização da sociedade sobre as necessidades das pessoas idosas. Como todos sabem, a terceira idade traz limitações que podem colocar em risco a vida dos idosos, a queda é uma delas, e serve como um alerta de que existe algo errado no ambiente domiciliar, externo ou com o quadro clínico do idoso. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), de acordo com dados do Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar (Hospub), de janeiro a setembro de 2019, foram registrados 5.887 vítimas de queda das mais diversas causas. Um fato preocupante é que grande parte das vítimas são idosos com idades entre 60 e 69 anos.

 De acordo com o coordenador do Pronto Socorro do Huse, Tony Nino, semanalmente, diversos casos de queda envolvendo idosos são registrados no hospital. Ele diz que alguns cuidados são essenciais para a prevenção desses acidentes. “Na maioria das vezes, a queda envolvendo o idoso acontece por causa da estrutura óssea frágil. Por isso, a família deve ter todo o cuidado com o idoso adaptando os lugares da casa de acordo com suas dificuldades. Os casos que mais chegam aqui no Huse são vítimas com fratura de fêmur, tíbia, punho, joelho, quadril e até mesmo com pancadas na cabeça, decorrentes da queda de costas”, pontuou.

 Fazer uma atividade física, reposição de cálcio, exposição ao sol, além de alimentação saudável e eliminação de fatores de risco como obesidade, sedentarismo, alcoolismo e tabagismo são fundamentais para garantia de ossos fortes e saudáveis. Para a médica geriatra do Huse, Juliana Santana, algumas dicas são fundamentais para que o idoso tenha o cuidado necessário principalmente dentro de casa.

 “Para prevenir quedas a gente deve ter dois olhares: um para o olhar externo ao idoso, que é o olhar do ambiente; e o olhar interno, que são questões relacionadas ao idoso. Uma casa segura, um piso não escorregadio, boa iluminação, poucos móveis, evitar fios atravessados na casa, evitar tapetes, cuidados com animais na casa, barras de segurança, deixar os objetos de uso do idoso ao alcance dele, massa muscular boa, alimentação correta, dentro do horário, cuidar da higienização, entre outros”, informou.

 Tratar as doenças cardiovasculares como a arritmia, insuficiência cardíaca que podem aumentar risco de queda, questões sensoriais como visão e audição que estão relacionadas ao equilíbrio e podem aumentar o risco de queda, artrose de joelho e desidratação. A aposentada Maria José Pereira, 75, foi uma vítima de queda dentro de casa. Ela anda com dificuldade e apoiada em uma bengala. “Eu fui levantar do sofá para beber água na cozinha, na hora a minha vista escureceu e eu não lembro de mais nada. Os médicos disseram que sofri uma labirintite e como tenho artrose não consegui firmar meu joelho, por isso a queda foi inevitável. Minha casa tem algumas adaptações para as minhas necessidades mas, cuidar da saúde também faz toda a diferença”, concluiu a aposentada.

 Foto: Flávia Pacheco ASCOM SES

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