Revista Canindé/SE – O presidente da Associação Comercial de Canindé de São Francisco, empresário Márcio Rêgo, informou que levará uma proposta aos pré-candidatos a prefeito do município sobre geração de emprego e renda. Alinhado com um pensamento antigo sobre o problema que afeta a maioria dos jovens, ele afirmou que o desenvolvimento local é impossível sem que seja implantada uma política pública séria sobre o assunto, e com isso formar novas mentes.
No próximo dia 29, quarta-feira, haverá uma assembleia geral com os comerciantes que fazem parte da ACICASF (Associação Comercial e Empresarial de Canindé de São Francisco) onde uma das pautas, se não for a principal, será a geração de renda e empego local. A entidade pretende solicitar que, no Plano de Governo dos pré-candidatos, esse item seja colocado no mesmo patamar de importância como os demais assuntos referentes ás áreas de (exemplo): Agricultura, Educação, Esporte, Saúde, Obras e outras. Uma carta de compromisso também será elaborada em breve e apresentada aos pretensos candidatos que deverão assinar para firmar o pacto. Seja quem for o vitorioso, Alex Feitosa, Djenal do Som, Kaká Andrade ou Machado Barbosa, só terá que implementar e executar o que foi acertado ou pactuado com a ACICASF. Essa é a informação.
Alex Feitosa, Djegal do Som, Kaká Andrade e Machado Barbosa
Vamos de análise e reflexão
Há quanto tempo você acompanha o que o site Revista Canindé escreve sobre o município? Já são vinte anos e muito foi publicado aqui sobre o assunto.
Continuando, Canindé de São Francisco sofre com a falta de perspectivas para os jovens. Muitos terminam o ensino médio e ficam ociosos sem ter o que fazer em pleno ápice do desenvolvimento mental e intelectual. A escola atual, sem a oferta de um ensino técnico, nada mais é que uma instituição fria sem motivar o aluno para outros horizontes, muito menos ao planejar-se para o um futuro com maiores possibilidades. O comércio atual local não oferece suporte para absorver a quantidade de jovens que concluem o ensino médio. Os empregos ofertados são meros paliativos, tornando-os vendedores em lojas, balcões de padaria – isso quando a própria família do proprietário não é a mesma aproveitada no empreendimento. Aos muitos acabam por ser aprendizes de mecânico, motoristas, auxiliares de serviços em construção civil, eletricistas, pintores de veículos, marceneiros, vendedores ambulantes e agora a mais nova, influencer digital! Pode? As fontes de renda principais que figura no pensamento/sonho do jovem é a de ter um emprego na Prefeitura ou Câmara Municipal, geralmente comissionados ou contratados dos gabinetes, gerando agora um cidadão que deve obediência ao político, matando ou castrando o sonho do mesmo ser um doutor em medicina ou outra área. Tornou-se improdutivo, do ponto de vista das perspectivas.
É essa Canindé de São Francisco que surgiu após trinta e seis anos da chegada da CHESF, cujo sonho seria o do desenvolvimento, Canindé vislumbrou como a Eldorado de Sergipe, continua sendo uma Canaã, a terra prometida que nunca chegou. A aplicação dos recursos por ela gerados por meio da energia, não são aplicados para a própria população. Heleno Silva disse em sua campanha: “Canindé é a mãe rica dos filhos pobres”. Ele estava certo. O que fizeram com Canindé e seu povo? Porquê as vozes de ontem ficaram caladas? Ainda estão vivas? Falarão agora? O Revista Canindé acertou ou errou?
Márcio Rêgo: em fim um caminho, uma proposta, alguém ou um grupo acordou
Percebendo que o rumo de antes pode ser o mesmo para o futuro, Márcio Rêgo tem “bebido” em fontes e voz que falam sobre esse ponto há muito tempo, mas que foram ignoradas (?). Como empresário, estudioso e visionário que é – foi o primeiro a ter um serviço de provedor robusto em Canindé – ele entende que o seu papel como presidente e dos demais membros é o de tentar chamar a atenção da classe política e pedir para que pensem sobre o futuro de Canindé. Como empresário, observa o potencial gigante e o futuro promissor que o município detém e não é explorado, perdendo espaço e divisas para outras regiões vizinhas que exploram e usam a riqueza e estrutura local sem dar de volta nenhum benefício, só levam e criam a exploração. É hora de uma reflexão e promover um grande debate sobre o assunto e o futuro de Canindé, e tudo isso passa pela classe da juventude que, sem ter condições intelectuais hoje, serão administradores mal sucedidos porque a base dessa escola falhou em lhes dar condições para gerir suas vidas e o desenvolvimento da região.
Quantas vozes silenciadas ou foram caladas em Canindé de São Francisco?
Por Adeval Marques
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