Revista Canindé/SE – Revoltado com o excesso de viagens do prefeito Machadinho ( Machado Barbosa) em curto período de cinco meses de mandato, o ex-vereador José Antônio dos Santos, mais popular Zé Caloi, apelidou ou batizou o gestor (Machadinho) por “Tramp”. No dizer do ex-parlamentar, a situação do município não é boa, existe sofrimento, diversas denúncias e a Câmara Municipal não cumpre o seu papel de fiscalizadora e representante do povo. Toda cidade sabe do apelido e até levam em estado de humor. “Votei em Tramp”, diz Caloi com resenha aos vários amigos.
Zé Caloi decidiu que alguém teria que ter a coragem e dizer ao prefeito sobre o excesso das viagens e essa pessoa foi ele que, em seu mandado como aliado de Weldo, teve forte representatividade política na Câmara Municipal e perante a opinião pública. No dizer de muitos eleitores, o parlamento de Canindé de São Francisco perdeu um grande vereador, defensor e que representava a sociedade.
A campanha de Machadinho teve fortemente o apoio de Zé Caloi desde o seu nascedouro em 2023. Ele fez campanha e caminhou ao lado do prefeito guiando-o por “estradas”, “caminhos” e “veredas” que Machadinho se quer sonhava que existiam na política. Sua imagem próximo de Machado foi fortemente influenciada pelo jornalista Luiz Eduardo Costa que trabalhou como forte marketeiro da campanha, mas também sendo uma espécie de arquiteto e mentor de diversas estratégias para os “meninos”, como os chamou carinhosamente nos particulares. Foram duas contribuições pesadas e registradas em uma foto, na residência de Luiz – o Alto do Mocó, carinhosamente falando -, a fazenda Santo Antônio. No registro se pode ver: Luiz Eduardo Costa, sua gentil esposa, Eliane Moraes, Zé Caloi, Marinho, Heleno Silva – depois rumou para Kaká Andrade -, Otávia Andrade – filha de saudoso Orlandinho -, Machadinho e outros. A foto viralizou nas redes socias e diversos grupos de whatsapp, narrativas foram construídas sobre essa união influenciando, já naqueles meses, a opinião pública de que Machadinho já chegou forte. Fato que culminou fortemente na base do projeto e vitória de Machadinho. Caloi e Luiz ajudaram com imensurável aporte, contribuição.
Enquanto a voz do ex-vereador Zé Caloi foi silenciada, a população não nega seu constrangimento, decepção e revolta no estado de um dos principais serviços públicos que anda com deficiência nítida, a área da Saúde. As inúmeras denúncias da falta de remédios básicos, insulina, atraso nas entrega de medicamentos que necessitam de urgência, entre outras que são denunciadas em áudios nos grupos de whatsapp, ficam sem respostas. A Câmara Municipal, caixa de ressonância da sociedade, tapou os olhos, ouvidos e boca.
A falta de um Zé Caloi é sentida pela população. A Xingó FM mais especificamente o jornalista e historiador Luiz Eduardo Costa, homem de grande voz que sempre parou Canindé ao ser pronunciada via rádio ou em discursos e aparições, precisa dizer algo sobre esse momento. Pax sem voz é medo.
O Machadinho Tramp, apelido gerado por Zé Caloi, talvez seja o início do despertar no prefeito, lhe mostrando que necessita abrir os olhos, cair a ficha, fechar o ziper dos que lhe orientam para arrogância, assumir o cargo e não ouvir as “vertentes” de ódio político. É hora de deixar de passear e focar em Canindé, aguardar o julgamento do processo e pedir voto para a reeleição de Fábio Mitidiere, pois o tempo de antes da política era um e agora é outro. Tem que ter a habilidade de Trum ou perderá todas as “oportunidades”. Zé Caloi foi feliz com o apelido.
Por Adeval Marques