Eram mil quinhentos e noventa;
Quando Cristóvão fez a doação;
De toda vila de “Urubu de Baixo”;
Que já era referência na região;
No final do século dezessete;
A doação portanto se repete;
Pedro Abreu de Lima é dono então.
Já Santo Antônio do Urubu de Baixo;
E sua privilegiada localização;
As margens do Rio São Francisco;
Facilitando o progresso então;
Outubro era o mês aos dezoito dias;
Em mil setecentos e dezoito nascia;
A famosa meca da região.
Na data mencionada acima;
A atual Propriá logo é desmembrada;
De Vila Nova de São Francisco;
Em carreira solo vai seguir tua estrada;
E em mil oitocentos e um se via;
Aos cinco de setembro era o dia;
Propriá, de freguesia à Vila, se tornava.
Nascia portanto a Vila de Propriá;
Nossos ancestrais logo deram glória;
Foi então com uma solenidade festiva;
Que sete de fevereiro entrou pra história;
No ano de mil oitocentos e dois;
Data esta em que Propriá foi;
Para sempre cravada em nossa memória.
Propriá, terra rica e abençoada;
Cidade de um glorioso passado;
Cavalheiros da Noite, Tiro de Guerra;
Teu passado, ó querida, tá bem registrado;
O Campo de Aviação mostrou teu progresso;
Embora hoje, viva descaso e regresso;
Já fostes importante para nosso estado.
Tuas chaminés escreveram tua história;
Nas linhas do trem que daqui já partiu;
Propriá, menina bela e formosa;
Princesa linda deste meu Brasil;
Agradeço a Deus por ser teu filho;
As águas de Chico reflete teu brilho;
Propriá minha pátria, minha mãe gentil.
São duzentos e dezessete anos;
A partir da tua emancipação;
Porém tua história vai muito além;
Desde a época da primeira doação;
Foram mais duzentos anos de história;
Neste período de batalhas e glórias;
Minha princesa ganhou proporção.
Na fazenda Cabo Verde de Pedro Chaves;
Luiz Gonzaga cantou Propriá de Rosinha;
E quantos filhos teus, agora distantes?
Não morre de saudades da nossa terrinha?
Vivi muito longe de minha Propriá;
Mas Deus me deu forças e voltei pra lá;
Pois nesta terra tá minha vida todinha.
Encerro o poema minha Princesa do Norte;
Desejando especialmente parabéns a você;
Te desejando do fundo do meu coração;
Que minha terra querida volte a crescer;
Que vença tuas lutas, batalhas e prélios;
Minha princesinha de Chico, o Velho;
Verei teu progresso antes de morrer.
6/02/19
*”Oliveira Neto”*