Durante anos seguidos, São Cristovão estava no centro das notícias sobre escândalos de corrupção; era, dessa forma, manchete constante nos jornais e nas chamadas principais dos noticiosos de rádio e TV. Na antiga capital da Provincia de Sergipe Del` Rei aconteciam coisas do arco da velha, era uma sequencia desastrosa de absurdos. Sempre aqueles avanços despudorados onde o alvo eram os cofres e a vitima sempre o povo. São Cristovão assemelhava-se a um Rio de Janeiro em miniatura.
Prefeitos entravam, prefeitos saiam, prefeito eram presos, prefeitos eram soltos e o clima rocambolesco continuava. Era o clímax do peculato impune. Havia um Juiz atento e insistente, Manoel Costa Neto, que não cansava em condenar os autores do festival peculatário. Havia recursos, aqueles processos sempre protelatórios, até que um dia a casa caiu.
Uma eleição mudou tudo. Elegeu-se um economiário Marco Santana, maçom e seguidor de princípios onde a ética se faz presente.. Era na época filiado ao PT, e agiu como se um novo tempo estivesse começando na exausta São Cristóvão saqueada.
As finanças começaram a entrar em ordem, obras foram iniciadas ou concluídas, salários pagos em dia. Enfim, São Cristovão reviveu até o Festival de Arte que havia sido extinto por puro desmazelo.
Pelo interior do município foram surgindo ambientes de negócios, de atividades produtivas diversas, Um deles fica no Quissamã, numa área que fazia parte da Escola Técnica de Agronomia.
Naquele local hoje, existe uma movimentada agrovila. O MST assumiu o controle do terreno e sob orientação do deputado João Daniel , e com emendas dele, surgiram atividades produtivas.
Os terrenos em volta valorizaram e surgem empreendimentos imobiliários, com a facilidade criada por estradas e transporte fácil.
São Cristovão saiu da letargia e do conformismo com a roubalheira, a Praça Central que é Patrimônio da Humanidade, mereceu atenção, e mantem, lustrando, as suas pátinas do tempo.
Quase milagres, quase acontecem.
Luiz Eduardo Costa