Registra-se lentamente, desde o último sábado, 24/03, a vazão do Rio São Francisco que chegou ao valor de 1.800m³ provocando certo receio na população ribeirinha. Mesmo com orientação do MP para que a Chesf informasse a população, emitindo Nota em veículos de comunicação – rádios, tvs, sites -, não foi observado, ao menos na cidade de Propriá, o cumprimento dessa orientação. Nem na página da Chesf o registro foi feito.
O fato é que o Rio São Francisco continua minguando os 550m³ fazendo crescer seu assoreamento surgindo, aqui ou ali, os enormes bancos de areia chamados de crôas que tanto dificultam a navegação e logo são tomadas por cercas onde sua posse indevida é vista aos olhos de toda uma sociedade e dos poderes que nada fazem para conter tais ações. Pergunta-se, nesse caso, o que a FPI fez de efetivo nesse sentido, já que as cercas continuam acontecendo.
Com a chegada de mais água grande vegetação também vieram trazidas pelas águas do Opará e encalhado nos ressacos, como em Propriá, piorando ainda mais a situação porque funcionam como ilhas enormes dificultando a pescaria e navegação. Pergunta-se sobre o papel da Codevasf e da própria Chesf.
Nesse caso, o número da elevação da vazão, que faz com que as cercas caiam por chão, funciona como um verdadeiro ato de justiça, porém, não das mãos dos homens, e sim por intervenção divina.
Por Adeval Marques
Foto: Adeval Marques